domingo, 6 de janeiro de 2008

Qual a razão?

Por que razão não consegues olhar a vida sem as sombras do passado.
Por que razão oscilas entre a luz do olhar e o medo dos fantasmas.
Por que razão escorregas em caminhos conhecidos pelos passos perdidos.
Por que razão choras a segurança e a insegurança dos sentidos.
Por que razão os outros falam mais alto no teu silêncio mordido pelo tempo.
Por que razão todos mergulham no mundo de uma vida agarrada ao ontem.
Por que razão ocultas a circunferência dos olhares coloridos da carne.
Por que razão um horizonte cerrado pela chuva atira-te para um céu cinzento.
Por que razão todos são importantes na construção de uma errada felicidade.
Por que razão não tens coragem de dizer não dentro do sim e fora do talvez.
Por que razão obrigas a fechar uma alma dorida pela passagem dos outros.
Por que razão sentes que não és capaz de esmagar o peso de uma falsa moral.
Por que razão deixas-te morrer no cântico cínico e mediático dos abutres.
Por que razão entregas a vitória e sorris com a derrota.
Por que razão escreves sem razão, a razão dos sentidos?
Sem razão... sem nada! Tu!!!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Nem tudo tem uma razão certa! Mas a verdade é que a razão faz parte da vida.
"se a não ouvimos, tudo é escuro. Se a ouvimos demais, nada é seguro." (Alexander Pope)

Tem por isso que existir um equilíbrio. Resta saber se cada um tem Razão suficiente para delinear essa divisão em partes iguais!?!

LUK