quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Insensatez das palavras...


A felicidade é uma bruma que foge,
A tristeza uma corrente que circula ali.
No meio está um tempo pausado, vazio.
É um silêncio em forma de gota.
Numa lágrima perdida de amor,
Uma insensatez transformada em dor.
Um coração que merece ser amado,
Um sorriso que resvala na cantata da incerteza.
Palavras que fazem desesperar uma infinita tristeza.
A razão para sentir em paz uma guerra que não é tua.
É tempo de salvar a alma, evitar a morte.
O medo pode esmagar todos os sentidos.
Não há uma atitude completa do perdão.
Para viver a aventura dos sentidos é preciso ter peito.
Não basta fazer ou dizer a liberdade da esperança.
Chora no meio das tuas mãos presas à cara.
São palavras de sofrimento que morrem na boca.
A solidão há de vencer o medo da inquisição.
São trémulas as frases que caiem sem destino
Oscilações libertadas nas costas do coração.
Por que razão há tristeza nesse mundo que existe?
Por que razão estás só numa mente inacessível?
Uma janela que se fecha no esconderijo do espírito,
No vidro fica a fronteira entre o silencio e o sentimento.
S.S.

2 comentários:

S.Soares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Potente, intimista, demolidor, explosivo, corrosivo... bonito

JM