sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Brincar (...)

Conhecem a expressão acordar com os pés de fora?
- Claro que sim!
- Acordei assim!!! Ao que parece “o mundo” elegeu-me como palhaço do momento e resolveu brincar.
- Como assim?
- São chefes, alguns colegas/amigos, TMN, o carteiro, o médico que não diz nada, as coisas que desaparecem, as oscilações do corpo, a falta de respeito, a fuga às responsabilidades e a mentira.
- Brinca com eles!
- Boa ideia, agora passo a brincar!
- A bola está do teu lado!
- Prefiro colocar a máscara e guardar a bola para atirar à cara de alguém, afinal estamos em noite de Halloween. Que se F***
- Brinca, liberta a tua criança!
- Uma coisa é bricarem sem sabermos, outra é brincarrem e tu sorrires, sabendo que eles tentam o tal palhaço. Elevação!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Visão: A adorar...

Depois do excelente "O Futuro da Liberdade"... aqui está mais um bom livro
"FAREED ZAKARIA é licenciado em história pela Universidade de Yale e doutorou-se em relações internacionais em Harvard, onde ensinou, aliás, filosofia política e relações internacionais. Antes de ser editor da Newsweek foi editor da Foreign Affairs, a prestigiada revista de política internacional. Zakaria recebeu dois Overseas Press Club Awards por trabalhos de reportagem na revista que dirige. É actualmente membro da Trilateral Commission, do International Institute of Strategic Studies e da International House da Universidade de Columbia"

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

AC/DC ....Velhos são os Trapos....

...como o Vinho do Porto....


AC/DC’s Black Ice rode the “Rock N’ Roll Train” straight to number one on 29 countries’ sales charts around the world.
AC/DC stormed to the top of the charts as Wal-Mart registers were ablaze with the beeps of 784,000 copies of Black Ice sold. The total ranks second to only Lil Wayne’s Tha Carter III in terms of best first week sales this year. For AC/DC, it was their biggest-selling first week in their history on the sales charts and the first time they sat atop the Billboard chart since 1981’s For Those About To Rock (We Salute You).

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Outono...


Um pedaço de som esbarrado na multidão,
Uma respiração espancada pelo olhar alheio
É Deus no meio de um retrovisor intemporal
Espreita o renascimento de um Homem.

Um monge percorre ondas de oceanos
Um chacal fixado na procura do seu nome.
A queda lenta da alma master da flor.
O segredo leva à loucura de quem sorri.

São quedas de olhos sem força de visão,
São lábios colados no silêncio da clemência,
São estranhos paladares de um Outono seco,
São instantes sorrisos além da humanidade.
S.S.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Fumo Sagrado....


Vasculha entre o nada e uma cegueira,
Um rio escondido no ruído da dança,
Os olhos brilham sós na escuridão,
A esperança de um vírus sem nada.
É uma comedia brilhante sem piada,
Ao rasgar o sofrimento do espelho,
Aquece o coração e esconde o rosto,
Uma chama que arde na corrida sem fim.
Inverdades do lume brando da vida,
Memorias de fogo posto na ausência
Uma guerra de palavras assassinas,
Um oceano revolto no caos do outro,
Brinda a gritaria numa fuga ao eu,
Violência na estação do templo,
Um imprevisto inerente ao tempo,
Uma lágrima quebrada nas palavras.
S.S.

domingo, 26 de outubro de 2008

O Miguel...

O mundo devia ser assim, a eterna inocência de ser criança.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Pois...

Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo.
Ele fugia com medo da feroz predadora, mas a cobra não desistia.
Um dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer três perguntas?
- Podes. Não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou comer,
Podes perguntar.

- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Fiz-te alguma coisa?
- Não.
- Então porque é que me queres comer?

- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!!!
E é assim....
diariamente, tropeçamos em cobras!

Ps- Obrigado Judite Castro pela ajuda.

Desculpem, mas não consegui a resistir...

Millôr Fernandes - (adaptado)

"O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à
quantidade de "foda-se!" que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma
pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então,
foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos
extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário
de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos
mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua
língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que
vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a
ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão
matemática.
2
A Via Láctea tem estrelas comó caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho!
Entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a
mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".
Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem
nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.
O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto.
Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades
de maior interesse na tua vida.
Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro
para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência.
Solta logo um definitivo:
"Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!".
O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro
Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema,
e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu
correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente,
sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito
assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se
reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um
merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua
maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"?
Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus
quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de
seu interlocutor e solta:
"Chega! Vai levar no olho do cu!"?
3
Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima.
Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar
firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado
amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de
maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a
sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para
uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de
ameaçadora complicação?
Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor
num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo
assim como quando estás a sem documentos do carro, sem
carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a
mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"
Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada
funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a
saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os
empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e
em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a
desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Assim, isto mesmo....

Antony And The Johnsons - Rapture...


Eyes are falling
Lips are falling
Hair is falling to the ground
Slowly, softly
Falling, falling
Down in silence to the ground
All the world is falling, falling
All the blue
From me and you
Teardrops falling to the ground
Teardrops
I'm talkin' 'bout your teardrops

For instance
Oh my mama
She's been falling
Falling down for quite some time
And oh my papa
He's been falling
Falling down for quite some time
Oh my friends
I've watched them falling
Falling softly to the ground
Like the leaves
The Leaves are falling
Down in silence to the ground

Is this the rapture
Is this the rapture
Why don't you tell me
Is this the rapture
Is this the rapture
Our father who art in heaven
For the kingdom, the power, the glory, yours
Now and forever

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sugestão de transporte diário: Fiat Lux


Debate- RTP/RDP

Não gostei do resultado final, mas também já esperava tendo em conta o complexo figurino. Muitos candidatos e muitas ideias por explicar. É fácil lançar propostas, mas não se explica com números e com racionalidade a sua execução. Todos os candidatos tentaram fazer o seu papel, contudo, no fim ficámos como estávamos. Portanto, tudo igual. Não vai provocar alterações de voto. Valeu a iniciativa.

PS- Artur Lima não esteve bem com aquela piada para o Manuel Moniz.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Acordei assim, com saudades deste louco...

Tom Waits - Avô Ferrugem, o génio...
Ele é melódico, ruidoso, louco, sensível etc... faz várias vozes, todas elas roucas e, por vezes, monstruosas quase inaudíveis, mas é ele, o TOM. Ele toca e canta músicas, mas às vezes compõem coisas que estão muito para além do conceito formal do que é a música. Inventa, grita, mas também chora e faz coisas únicas. Vive quase isolado no meio de uma quinta com animais, mas o mundo chama sempre por ele.
Como escreveu o Daily Telegraph “The Greatest entertainer on the planet earth”
Fica aqui este tema da banda sonora "O Tigre e a Neve" de Roberto Benigni, um pedaço suave...



"A música de Tom Waits foge a qualquer tentativa de classificação. E, no entanto, é inconfundível. Foi ele quem escreveu (e cantou) the heart of saturday night, drunk on the moon ou too early for the circus, too late for the bars, entre outras expressões que retratam na essência as pessoas, as histórias e os ambientes da América profunda, numa linguagem quase cinematográfica. Waits, no seu aspecto tosco, voz roufenha e tom sarcástico, é dono de uma enorme sensibilidade. Um poeta dos tempos modernos”.

PS- Faz, por esta altura (também de eleições regionais), quatro anos, que comprei “Real Gone” um trabalho duro, difícil, mas com horizontes ilimitados. Acompanhou-me no carro de serviço na cobertura da campanha.

domingo, 12 de outubro de 2008

Momento zen...

Um alemão, procurando orientação sobre o caminho, pára o seu carro ao lado de outro com dois alentejanos dentro.

O alemão pergunta:
- *'Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen?'*
Os dois alentejanos ficaram mudos.
Tentou de novo:
- *'Excusez-moi, parlez vous français?'*
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- *'Prego signori, parlate italiano?*'
Nada por parte dos alentejanos.
- *'Hablan ustedes español?'*
Nenhuma resposta. - **'Please, do you speak ****English****?'**
Nada. Angustiado, o alemão desiste e vai-se embora.
Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz:
- Talvez devêssemos aprender uma língua estrangeira...
- Mas para quê, compadre? Aquele gajo sabia cinco... E adiantou-lhe alguma coisa?

É tempo de eleições.... aqui é diferente?

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sem tempo...

Apesar de não ser candidato, longe disso, nem apoiar nehuma força política, a verdade é que estas eleições têm me tirado tempo para cultivar a minha anatomia dos sentidos. Não deixo de pensar se vale a pena toda esta dedicação profissional, quando do outro lado da barricada sinto que estas não estão ser umas eleições normais. Tudo está conformado no topo, apenas cá em em baixo, os mais “pequenos”, acreditam que, com o novo circulo eleitoral (compensação), podem chegar ao parlamento. Com todo o respeito pela classe política, já estou um pouco cansado de ver alguns artistas a brincar às eleições. Outros não fazem por convicção mas pelo materialismo e exposição pública, todavia, ainda há os sonhadores, aqueles que vêm na política uma arte maior de servir o povo. Agora pensem e escolham. Votem, mesmo que seja em branco!

domingo, 5 de outubro de 2008

Sentidos:Visão.

Confesso que só tinha lido um livro de António Lobo Antunes. Gostei, mas penso que foi numa altura errada e pouco preparada para entender a “loucura” e o requinte deste mestre da literatura portuguesa. Decidi voltar a procura-lo!!!!!
Nesta altura de eleições, com discursos previsíveis e outros do ramo da ficção científica, apetecia-me algo diferente, desconcertante, realista, acutilante e refinado.
Optei por comprar o primeiro volume do Livro de Crónicas (Já conhecia alguma da sua vertende cronista através da C. Social).
Excelente escolha; notável a forma como descreve a sociedade e as memórias. Mas o melhor mesmo, é a subtileza do seu humor.
Prazer!
Concordo com esta opinião que encontrei algures:

“Sobre o Lobo Antunes já tudo foi dito. Ele escreve bem, é genial. É bom, tem feitio difícil. Fez isto e aquilo. Curou loucuras. Enlouqueceu. Escreveu isto, aquilo e mais aquilo. Devia, ou nem por isso, ter ganho o Nobel.Neste livro de pequenas crónicas ficamos abismados com o que consegue ver: reconhecemos estereótipos em “ Os meus Domingos”, vemos descritas com um humor refinado pequenas e grandes angústias, criticas subtis que atravessam todos os estratos sociais em Portugal nas últimas décadas. Muitas ficção, outras recordações, como “Retrato do Artista Enquanto Jovem” ou “As Pessoas Crescidas”... a diversidade aliada à brevidade arremessam sempre palavras com emoção e não escapa nem mesmo o leitor mais distraído."
PS – Lobo Antunes e Mário Crespo protagonizaram, este ano, na Sic Notícias a melhor entrevista que vi nos últimos anos. Uma lição de vida em todos os sentidos.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

OBRIGADO, pelos vossos olhares....


Este humilde blog feito para divagar, para amigos e conhecidos, apesar de todos serem bem vindos (quem vier por bem), atingiu as 10 mil visitas num ano (completa 1 ano no final do mês).

A todos os que partilharam o meu pequeno "esconderijo" com momentos de alegria, tristeza, euforia, dor, revolta, critica, gosto, sentimentos etc... o meu muito obrigado. Trata-se de uma pequena anatomia dos meus sentidos....

Desculpem qualquer coisa.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Fragmentos...

O imperativo da moral não consegue dominar os sentidos,
Nem mesmo uma razão rasgada pelo valor universal.
Dizem que os sentimentos fogem ao domínio da razão.
Dizem eles… é tão fácil inventar.
Olhem para dentro!!!!
Não acreditem em mais nada, nem mesmo no fim da estrada.
Os sentimentos são cobardes….
Não acreditem em falsas montanhas, em paraísos construídos.
A magia de um batimento descompassado morre na esperança.
São rostos trocados por fantasias da inocência da vida.
Notas soltas numa partitura desafinada pelos tambores do tempo.
Cai a batuta de uma orquestra que teima em tocar o hino da ilusão.

S.Soares