segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Fumo Sagrado....


Vasculha entre o nada e uma cegueira,
Um rio escondido no ruído da dança,
Os olhos brilham sós na escuridão,
A esperança de um vírus sem nada.
É uma comedia brilhante sem piada,
Ao rasgar o sofrimento do espelho,
Aquece o coração e esconde o rosto,
Uma chama que arde na corrida sem fim.
Inverdades do lume brando da vida,
Memorias de fogo posto na ausência
Uma guerra de palavras assassinas,
Um oceano revolto no caos do outro,
Brinda a gritaria numa fuga ao eu,
Violência na estação do templo,
Um imprevisto inerente ao tempo,
Uma lágrima quebrada nas palavras.
S.S.

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma procura incessante do "outro" genuíno às vezes cansa...A calamidade de bater sempre no muro gélido remete-nos para o incansável vício do fumo que tanto nos sossega.

É um prazer ler-te (ainda que nas entrelinhas). Foto bem escolhida meu amigo.

Beijoss


Ana Freitas