terça-feira, 28 de outubro de 2008

Outono...


Um pedaço de som esbarrado na multidão,
Uma respiração espancada pelo olhar alheio
É Deus no meio de um retrovisor intemporal
Espreita o renascimento de um Homem.

Um monge percorre ondas de oceanos
Um chacal fixado na procura do seu nome.
A queda lenta da alma master da flor.
O segredo leva à loucura de quem sorri.

São quedas de olhos sem força de visão,
São lábios colados no silêncio da clemência,
São estranhos paladares de um Outono seco,
São instantes sorrisos além da humanidade.
S.S.

2 comentários:

Anónimo disse...

São folhas que secam e que ficam caídas num canto...
São palmas vindas de cima de um monte que vai ruir a qualquer instante...
São palavras esboçadas com a alma de um poeta desamparado...
São vidas que se cruzam...

A ilha dentro de mim disse...

Gostei destes "estranhos paladares de um Outono seco", em particular dos "lábios colados no silêncio da clemência". Linda imagem!