Perdão....

A razão perde às vezes os sentidos da alma. Nem sempre o que é o dever prevalece sobre o acontece. Nem sempre a moral, o respeito pelo limite da fronteira da liberdade individual do outro é respeitado. Neste campo, a razão perde para o impulso violento dos sentimentos. A emoção é um estado radical que por vezes perde a razão de ter um sentido.
Perdi essa luta, esta terça feira, tive a pior derrota nesse combate entre o dever e o acontece. Não devia, mas aconteceu. Falhei, não resisti a um impulso vil e infame do Homem. Não, não foi uma traição de espécie alguma. A minha dor deixou-se dominar por uma insegurança irracional, sem razão, sem sentido. Fui cobarde, reles e com elevada dose de desespero. Contudo, errei sozinho, chorei sozinho e arrependi-me sozinho. Reconheci, no entanto, o meu acto fora dos meus sentidos. Nunca tinha acontecido tal violação moral. Senti os danos colaterais a corroerem-me a mente, fiz a minha penitência e pedi desculpa ao destinatário.
Foram brevíssimos instantes num impulso entre uma emoção impulsiva e um rato de computador. Um acto solitário. Nada mais! Apesar dos remorsos, sinto-me feliz por ter reconhecido e reparado o erro. Quem nunca errou? Admitir o fracasso pode ser uma dor, mas é um acto nobre! Aprendi; afinal a vida é isso mesmo, crescer com os erros. Todavia, a minha razão e a moral ainda conseguem andar de mãos dadas, tudo em prol de um sentimento único!