Autor - Nilton Goulart *
"Coincidentemente comecei o meu dia de trabalho com um «Foda-se!», ao invés do meu regular optimismo perante a vida, que às vezes até mete nojo. Sabem como é?: Dou graças ao divino Sr primeiro ministro por ter um tecto para morar, e conseguir comprar pão, cerveja, e outros bens de primeira necessidade. Ridículo!!!
Então e as orgias, e os banquetes de mariscos?! Eu sei o que é qualidade de vida...apenas não me deixam exercê-la! Puta que os pariu...
Tenho de vergar a mola, se pretender adquirir habitação, à taxa Euribor, imposta por não sei quem...porque esta crise mundial surge em tantas frentes que nem sabemos qual o cabrão culpar, acrescida de um «spreadezito» imposto por um grupo de administradores, que em um mês ganham ordenados que até temos alguma dificuldade em julgar se será possivel!!
E o estado a dar casas a quem não faz um caralho!!
E deixam esta merda ficar em crise?! Porra!! Era lhes dar com um gato morto nos cornos até ele miar!!!
Claro que ainda temos de aturar os preços do petróleo, a especulação, e os lobbys adjacentes!!!
Enquanto isto, morrem crianças à fome...
Sou um cabrão afortunado, mas puta que pariu, olhem uns pelos outros!
Depois, andam uns para ai, uns cabrões de uns ricaçoes, em tempo de eleições, a dizer que o problema é o rendimento minimo, filhos da puta... Invejosos do caralho, só porque um cabrão de um gajo que não sabe assinar o nome, enganou o presidente da junta, que até lhe deu uns sacos de cimento, e que possui à boa maneira do Zé portuga, um telemóvel e um prato na barraca paga pelo governo, com a palavra «TV cabo», da qual às tantas o «critico» é administrador, possui um Audi, um Jeep Mercedes, duas casas de férias, e é capaz de enganar o estado na Declaração de IRS, mas querem fiscalização é no rendimento mínimo. E há quem engula estas merdas!!! Vão lá fiscalizar quem ande a meter ao bolso a sério, e façam-nos pagar a factura, se querem ver se não se acaba a crise!
Caralho que vos fodam!!!
Prontos, veio mesmo a calhar...estava mesmo a precisar!!!
Sei que o assunto à excepção dos palavrões, nada tem a haver com o texto, mas se pensam que tinha o intuito de por algum motivo fazer sentido, enganam-se...
Apenas quis que lessem um conjunto de inutilidades, como aquelas que vocês compram no hipermercado, quando iam apenas buscar uma caixa de leite.
Ide-vos fecundar! "
* Comentário ao post “Desculpem, mas não resisti” com o texto de Millôr Fernandes sobre o uso do palavrão. (Ver no final desta página)